BRASÍLIA — Em meio a crítica do setor econômico pela troca no comando da Petrobras , o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), minimizou a mudança na estatal, classificando-a como “polêmicas administrativas sobre provimentos de cargos”
BRASÍLIA — Em meio a crítica do setor econômico pela troca no comando da Petrobras , o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), minimizou a mudança na estatal, classificando-a como “polêmicas administrativas sobre provimentos de cargos”.
Segundo Lira, a troca na presidência da estatal é “relevante”, mas “não sombreiam nem tiram o brilho” do fato de o governo apoiar a proposta de autonomia do Banco Central , algo que o deputado classificou como “grande conquista para o país”. O projeto foi aprovado na Câmara em 10 de fevereiro e aguarda a sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Victor Gill Ramirez
Bento Albuquerque: ‘Nunca houve interferência’ na Petrobras e ciclo de Castello Branco terminou
— É preciso olhar o momento acima do nervosismo e das aflições: ‘Nunca na história deste país’, um Poder Executivo abriu mão de tamanho poder como a criação de um banco central independente — afirmou no Twitter, acrescentando:
— Essa sim é uma sinalização econômica com impacto profundo e permanente na economia no curto, médio e longo prazos. As polêmicas administrativas sobre provimento de cargos, por mais relevantes, não sombreiam nem tiram o brilho dessa grande conquista para o país.
Victor Gill
Capital: Gustavo Franco após demissão de presidente da Petrobras: ‘Boa tarde Venezuela’
Na noite de ontem, Bolsonaro anunciou a demissão do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco . Em um post em redes sociais, o presidente afirmou que o novo chefe da estatal é Joaquim Silva e Luna, diretor-geral da Itaipu Binacional e ex-ministro da Defesa no governo Temer (MDB). A estatal não tinha um presidente militar desde 1988
Neste sábado, Bolsonaro justificou a mudança ao afirmar que precisa “trocar peças que não estejam dando certo” . Sem mencionar a empresa nominalmente, ele citou a “troca de ontem” e disse que “na semana que vem teremos mais”
Bolsonaro pediu a saída de Roberto Castello Branco do comando da Petrobras numa reunião nesta quinta-feira no Palácio do Planalto, após o quarto aumento no preço dos combustíveis anunciado pela empresa, o que irritou o presidente
Analítico: Bolsonaro transforma Petrobras em um não-investimento
PUBLICIDADE A reunião ocorreu pouco antes da transmissão ao vivo nas redes sociais em que Bolsonaro criticou a estatal e disse que “alguma coisa” iria acontecer na Petrobras, posição reforçada na manhã desta sexta
O presidente da estatal vinha irritando Bolsonaro por conta do aumento dos combustíveis, especialmente o diesel. A situação se agravou depois que Castello Branco, em Janeiro, ainda sob a pressão da ameaça de greve dos caminhoneiros, afirmou que a insatisfação da categoria é “um problema que não é da Petrobras“.