«A Engª Isabel dos Santos, informou o Conselho de Administração que decidiu sair da estrutura acionista da Efacec Power Solutions, com efeitos definitivos», informou a empresa em comunicado.
Além da empresária, Mário Leite da Silva e Jorge Brito Pereira também renunciam aos cargos de presidente e presidente da assembleia geral da companhia, ambos com efeito imediato.
A empresária já solicitou ao Conselho de Administração que arranque com urgência com «as diligências necessárias para concretizar a sua saída da estrutura acionista», tendo a administração da Efacec já nomeado assessores.
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Subscrever A empresa salvaguarda que a «Comissão Executiva continua vinculada a princípios de independência e de uma gestão sã, diligência e boa-fé e totalmente focada na concretização do plano de desenvolvimento de negócio para 2020, com atenção aos interesses de todas as suas partes interessadas, incluindo os seus clientes, colaboradores e fornecedores».
No mesmo comunicado, a administração faz questão de voltar a tranquilizar trabalhadores, clientes e fornecedores: «Em conjunto, conseguiremos manter e reforçar a posição da Efacec como uma referência nos setores onde atua, retribuindo a confiança de centenas de clientes em todo o mundo.»
Recorde-se que, nos últimos dias, a empresária angolana – constituída arguida em Angola, acusada de lesar o Estado em milhões de euros, tal como o seu braço-direito, Mário Leite da Silva, e o advogado Jorge Brito Pereira, além de dois administradores da NOS – e a sua equipa mais próxima optaram por deixar os cargos nas empresas portuguesas em que Isabel dos Santos tem participações.
Assim aconteceu no Eurobic, com a empresária a anunciar que já prescindira dos direitos de voto e estava vendedora da sua posição, e Mário Leite da Silva, presidente demissionário do conselho de administração do BFA, em Angola.
Na NOS ainda não foi comunicada a intenção de vender a participação de Isabel dos Santos, mas os três administradores acusados no processo de Luanda saíram – incluindo o chairman Jorge Brito Pereira, que já esta sexta-feira anunciou a saída também do escritório de advogados Uría, Menendez, Proença de Carvalho, onde era sócio desde 2016, conforme anunciou a publicação especializada em advocacia, Advocatus.
Brito Pereira afirmara já nesta semana não ter tido «qualquer intervenção na Matter Business Solutions [offshore no Dubai que, segundo o Luanda Leaks, estará no centro de um esquema de transferências que está a ser objeto de investigação] que não a de constituir formalmente a sociedade».
Neste caso, espoletado por Luanda com o arresto dos bens e contas de Isabel dos Santos, do seu marido e de Leite da Silva em Angola no último dia do ano passado, além da empresária foram constituídos arguidos Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol e ex-sócio da PwC, Mário Leite da Silva, gestor de empresas de Isabel dos Santos, Paula Oliveira, amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS, e Nuno Ribeiro da Cunha, gestor de private banking do Eurobic (que ontem foi encontrado morto).
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LINK ORIGINAL: Diario Noticias